Eles jantaram, conversaram, riram e então deixaram o restaurante. Fazia frio, eles caminhavam bem próximos. “Que vontade de comer doce!”, ele disse. Havia um grande mercado logo ali, cheio de luzes, pessoas, histórias e corre-corre. Entraram. Entre as prateleiras de produtos, ela se viu perdida com os próprios pensamentos. Estava feliz. Ele escolheu uma lata de brigadeiro, conferiu o preço e então foram para o caixa. Não tinha fila; ela não gostou disso. Poderia ficar a eternidade numa fila boba de mercado com ele. Só queria rir mais. Parados no caixa, ele pegou um bombom Sonho de Valsa do pote e comprou junto com o brigadeiro que comeria mais tarde. Ela, bobinha, pensou numa daquelas propagandas de Dia dos Namorados onde algum príncipe encantado contemporâneo decide, no meio de um ato comum como ir ao mercado, dar um bombonzinho para a princesa. Ela sorriu consigo mesma; que bobeira. Saíram para a noite. Junto com o vento frio veio a surpresa: o bombom era mesmo pra ela. “Eu sei que você gosta de chocolate”, ele disse. Ela pegou, sorriu, ficou sem graça e depois sorriu de novo. Desembrulhou com aquele som gostoso que só as embalagens de chocolate sabem fazer, então mordeu. Felicidade é bom, né?
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