Todo mundo está por dentro da febre vampiresca que atingiu a literatura mundial. A cada dia surgem novos livros tratando do assunto, colocando vampiros como personagens secundários ou até mesmo como protagonistas de histórias de amor.
Eu terminei de ler recentemente o livro “Morto até o Anoitecer”, da autora norte-americana Charlaine Harris. Dentre todos os livros que já li sobre vampiros, este é de longe o melhor. Temos uma narrativa extremamente real do que seria um romance entre vampiros e humanos. A protagonista é uma garota esperta e ao mesmo tempo comum; Sookie, uma garçonete telepata, tem ações tão bem elaboradas que às vezes eu sentia que ela realmente existe. O vampiro Bill, par romântico de Sookie, é um personagem que passa a mensagem a qual se propõe: um vampiro que caminha pela Terra há séculos e, como tal, influenciado pelas diversas épocas em que viveu. O relacionamento entre os dois é complicado, uma vez que o vampiro necessita de sangue periodicamente e, em algumas situações, o bebe de sua própria amada. Vemos neste livro um realismo que torna a historia muito mais interessante: Sookie sabe que sua vida será diferente caso leve seu romance adiante, pois nunca poderá fazer programas com Bill durante o dia, não terá filhos, sofrerá preconceito da sociedade (que nessa historia tem conhecimento da existência dos vampiros e “aceita” isso) e outras coisas. Esses fatores, aliados a um roteiro cativante, leve e ao mesmo tempo bem costurado, fazem com que “Morto até o Anoitecer” seja o melhor livros sobre vampiros já escrito. O mesmo deu origem à série de TV “True Blood”, sucesso de audiência em vários países.
Eu condeno totalmente o romantismo exagerado de séries como “Crepúsculo” e outras. Creio que se os autores desejam escrever romances adocicados, que não escolham a mitologia dos vampiros como pano de fundo, pois decepciona uma série de fãs das tradicionais historias de terror, uma vez que transformam os sugadores de sangue em príncipes encantados. Se as pessoas quiserem ver um cara lindo transformando a vida de alguma garota simples e insegura, podem muito bem assistir à Cinderella.
Quero ainda dar destaque ao livro “Noturno”, primeiro da série “Trilogia da Escuridão”, de Guillermo Del Toro e Chuck Hogan. Os dois autores criaram uma história fantástica, onde os vampiros existem por conta de um vírus que se propaga com muita facilidade. A narrativa do livro é perfeita, os acontecimentos se desenrolam de uma forma extremamente emocionante e é impossível parar de ler. Uma historia de terror sem defeitos, que promete uma excelente adaptação para os cinemas.
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Sério, você fala exatamente as coisas que eu penso e tenho preguiça de escrever.
ResponderExcluirÉ muito mais fácil fazer sucesso com esses romances exagerados do que com um livro que tenha, verdadeiramente, conteúdo.
Isso é o futudo da nação, um bando de menininhas que querem um príncipe encantado (leia-se:vampiro retardado).
Cê escreve muito bem os posts, viu? Eles ficam tão legais de ler. =D
Você falo tudo, principalmente na parte onde diz que crepúsculo é "romantismo exagerado", a autora do livro fez desse romantismo e a complexidade emocional da personagem (Bella) pra poder prender atenção das fãs pois é um meio delas se "enxergarem" no personagem; (mulheres sempre estão a procura d um amor, e tem um emocional mega complicado); e o livro pra ser bom não precisa ter esse "aprisionamento", basta ter um bom conteúdo.
ResponderExcluirAmei a postagem !! você como sempre manda muito bem =)
ResponderExcluirE está certíssimo primo ... nós gostamos mesmo de ver um pouco de realidade naquilo que lemos. É isso que prende nossa atenção e nos leva a querer mais e mais, fazendo até com que no meio do livro a gente já tente imaginar seu final ou até crie um rsrsrs. Precisamos que esses tipos de livros tenham diferenciais, que eles nos façam acreditar na naquela história nem que seja por um instante só, ou seja, até ele acabar !!
PARABÉNS ... vc disse tudo ai.
Te adorooo ;*
Luana Assis