sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Nosso Jeito Feio de Ser





Eu sei que você, assim como eu, tem a plena consciência de que não passa de uma pessoa comum. Você não é nenhum modelo de revista, seu cabelo não se parece com o que está na embalagem do shampoo e com certeza sua barriga não é igual à daquele cara sarado na embalagem das cuecas Zorba. E ae? Ferrou...

Quero dizer, por que a vida parece tão injusta? Por que gastamos horas malhando e nossos músculos não ficam iguais aos do Taylor Lautner? O que o cabelo da Beyoncé tem de mais especial do que o seu? Dúvidas cruéis.

E sabe o que é mais desesperador? Essas pessoas lindas e maravilhosas não existem só na TV ou nas fotos de revista. Elas estão na sua sala da faculdade, moram no seu prédio, fazem cursinho de inglês com você ou namoram sua melhor amiga. Foram simplesmente abençoados com a beleza física, com encantos de parar o trânsito, com o poder de conseguir um SIM de qualquer pessoa. Mas eu não sou assim; nem você.

Já pensou em se matar? Já gastou mais de cem reais no salão em um só dia? Compra produtos da Avon uma vez por mês? É, tentativas não faltam, só que nada parece dar certo. Não somos como aquelas pessoas “feias” das novelas, que quando tira os óculos e arruma o cabelo fica melhor que Juliana Paes. Mesmo assim você cobiça a garota mais linda da vizinhança, sabendo que ela jamais vai te olhar. Você se acha cheio de papo, mas acontece que a maioria das pessoas não dá abertura para provar isso. Maldita Christina Aguilera, que fez o mundo acreditar naquela história de “You are beautiful, no matter what they say”. Bobagem...

É um problema sem solução. Infelizmente, parece que o melhor é ficarmos na nossa insignificância, cientes de nosso curto potencial conquistador e parar de cobiçar essa raça estranha e bela das pessoas fisicamente perfeitas. É tempo de começar a se contentar com outras características e sentir-se feliz com elas. E pense pelo lado bom: senso de humor, conteúdo e QI elevado podem durar para sempre. Músculos bonitos e bunda durinha, certamente não.

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