Todo começo de relação é tenso e
complicado. Basta começar a conviver com alguém para ver que a pessoa vai muito
além das fotos bonitas e dos sorrisos simpáticos que vocês trocavam. Quando
começamos a passar mais tempo com alguém, surgem os defeitos, as diferenças, os
momentos silenciosos e aquela estranha falta de assunto, comum entre quem pensa
que se conhece mas, na verdade, está longe disso.
Quem não é paciente, não tem
experiência e não sabe segurar um sentimento, dificilmente passa dessa fase.
Conhecer alguém é algo que vai
além do “Oi, qual seu nome? Vem sempre aqui?”; e também não se trata de um jogo
de perguntas e respostas. Intimidade e confiança são adquiridas com o tempo,
com a troca de vivencias, com tudo aquilo que acontece naturalmente e de forma
não planejada. A verdadeira essência de cada um está no inesperado, no que
acontece de surpresa. Pois sempre que temos a chance de arquitetar algo, se
sabemos que vamos ver alguém, se podemos de certa forma controlar as coisas,
então não somos mais nós mesmos.
Somos algum tipo de alegoria ou
personagem que acreditamos ser melhor do que nós. O que é grande mentira, fato.
O que você é de verdade é que vai ser capaz de conquistar alguém. E não adianta
pensar que é possível manter a farsa; ninguém é perfeito. Defeitos e desafios
tornam tudo mais interessante. É preciso ter algo para lutar, algo para vencer,
algo que mantenha a vontade dos dois, que deixe tudo sempre interessante. E
verdade seja dita, as mulheres não seriam tão felizes se não pudessem reclamar
das toalhas molhadas sobre a cama, do futebol de domingo ou das idas à casa da
sogra. O perfeito cansa; o comum é muito mais divertido.
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