Dez
anos atrás, quando eu era uma criança encantada com a grandiosidade do mundo,
meu queixo caiu ao ver pela TV que aqueles prédios maravilhosos de Nova York
haviam sido derrubados por aviões. Eu fazia curso de desenho na época e meu
tema favorito eram os edifícios das grandes cidades; eu amava desenhá-los. Fiquei
tão triste ao pensar que eu jamais os veria ao vivo, que jamais subiria ao topo
deles para me sentir um Rei por alguns minutos.
Mas
então eu cresci e, ao olhar para aquele 11 de setembro, não senti melancolia
pelos prédios ou pela paisagem transformada. Pensei nas milhares de vidas que
se perderam na poeira. E a pergunta que me fiz foi: POR QUÊ?
O
que leva pessoas a fazerem uma barbaridade como aquela? Quais são os limites
desses que dizem cometer absurdos em nome de um deus sanguinário? Tal
compreensão foge tanto da nossa capacidade que a cabeça chega a doer de tanto
pensar nisso.
Eu
que sempre falo de amor, volto a procurar por ele neste texto. Mas um Amor
diferente. Aquele Amor que faz o mundo melhor, que aproxima pessoas, que gera a
compaixão e a solidariedade. Tal ato assustador gerou uma guerra, tal guerra gerou
mortes incontáveis. E onde estão os motivos? Cadê os por quês? Amor?
E
de que adianta pensar nisso tudo? O pai daquela garotinha, que saiu para
trabalhar como num dia qualquer, não vai voltar pra casa. O marido daquela
esposa, que marcou um jantar especial com ela no fim de semana, nunca aparecerá
para o compromisso. Aquela mãe dedicada jamais verá seu filho de novo. E é
nesse ponto que desisto. Para quê tentar entender tudo isso, se nenhuma
resposta mudará a realidade?
Mundo,
eu torço pelo amor.
Tentar entender realmente é inútil. Nos resta lamentar pelas vidas que terminaram tão bruscamente - e absurdamente -, e mandar vibrações positivas, rezar, orar, enfim... pra pais, mães, filhos, filhas... famílias inteiras que relembram aquele terror não apenas hoje, mas todos os dias.
ResponderExcluirVerdade . Eu não to defendendo uma nação, to apenas manifestando meu apoio pelas pessoas que ainda sofrem com o que aconteceu, independente da nacionalidade .
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