Os prazeres de um beijo são, muitas vezes, indescritíveis. Fazem tremer as pernas, tiram o fôlego, liberam no corpo uma adrenalina que grita a plenos pulmões: NÃO PARE! Nada é capaz de pagar um beijo. Ele não tem preço, é insubstituível. Nenhuma palavra pode suprir seu significado. Nenhum abraço pode compensar sua ausência. Um beijo apaixonado ou cheio de vontade diz muito mais do que dias de conversa, do que poses e sorrisos, do que doutrinas e filosofias. Um único beijo tem mais conteúdo que um livro de 500 páginas. O contato de duas bocas pode produzir mais alegria que um prêmio gordo de loteria.
Ficar na vontade é prejudicial à saúde. Desejar uma boca e não tê-la, é pior que sentir sede e não haver água a quilômetros. É como perder uma guerra mundial. É como voltar para casa sem nenhum soldado vivo em seu exército.
O beijo é versátil, e sabe se manifestar de várias formas: ele pode aparecer de repente, durar vinte segundos e então ser esquecido. Ele pode vir depois de um sorriso permissivo, ser gostoso e carinhoso e então tornar-se apaixonante. Um beijo aparece de forma mágica depois de uma noite de conversas repletas de charme, e então mostra seu valor. Um beijo, acima de tudo, diz pra nossa alma que o “eu te amo” dito segundos antes tem verdade.
Um beijo constrói castelos e derruba fortalezas. Acontece que, por mais maravilhoso que ele seja, por mais encantador e mágico e cheio de mistérios, nem sempre a sua boca faz parte dele. Muitas vezes seus olhos participam do beijo de outros. Maldito órgão da visão! Leva para o coração a prova ao vivo e em cores de que aquele beijo você perdeu, aquele sentimento você não recebeu, aquele amor você não conquistou. Então, enquanto um belo castelo é construído na sua frente, sua fortaleza interior é derrubada.